Mundialmente conhecido, o Coliseu, construído por ordem do imperador Vespasiano e concluído, durante o governo de seu filho Tito, é um dos mais grandiosos monumentos da Roma Antiga. A parede externa do anfiteatro preserva os quatro pavimentos da estrutura de concreto armado; nas três arquibancadas inferiores estão as fileiras de arcos, e na quarta, pequenas janelas retangulares.
Os assentos eram de mármore e a escadaria ou arquibancada dividia-se em três partes, correspondentes às diferentes classes sociais: o podium, para as classes altas; a meaniana, setor destinado à classe média; e os pórticos, para a plebe e as mulheres. A tribuna imperial ficava no podium e era ladeada pelos assentos reservados aos senadores e magistrados. Por cima dos muros ainda se podem ver as bases de sustentação da grade de cobertura de lona destinada a proteger do sol os espectadores. Para evitar problemas nas saídas dos espetáculos, os arquitetos projetaram oitenta escadarias de saída. Em menos de três minutos, o Coliseu podia ser totalmente evacuado. Suas arquibancadas tinham capacidade para 80 mil pessoas.
O Coliseu de Roma foi construído sobre o lago da casa de Nero, a Domus Áurea e ficou conhecido como Colosseo (Coliseu) porque ali foi achada a estátua gigante (colosso) do imperador.
Conta a história que os gladiadores lutavam na arena e que o Coliseu, era o lugar onde os cristãos eram lançados aos leões. Para a inauguração, apenas oito anos depois do início das obras, em 80 d.C., as festas e jogos duraram cem dias, durante os quais morreram 9 mil animais e 2 mil gladiadores.
As atividades do Coliseu foram encerradas em 523 d.C., mas o espaço permanece carregado de uma clima misterioso e símbolo do Império Romano e da cidade eterna.
Símbolos e curiosidades Roma
Devido à sua história milenar, são associados vários símbolos a Roma: o Coliseu, a Lupa Capitolina , os símbolos do cristianismo, e o famoso acrônimo S.P.Q.R., utilizado durante a expansão imperial para designar as terras como sendo d' O Senado e (d)o Povo Romano. As cores da cidade são o dourado e vermelho, representando, respectivamente, o cristianismo e o Império Romano. Também devido à sua longa história, e dada a sua importância, Roma sempre teve uma população diversa, caracterizada pelos diversos fluxos migratórios. Assim, costuma-se dizer que um verdadeiro romano é aquele cuja família viveu em Roma pelo menos durante sete gerações.
Principais imperadores romanos
Augusto (27 a.C. - 14 d.C)
Tibério (14-37)
Caligula (37-41)
Nero (54-68)
Marco Aurelio (161-180)
Comodus (180-192).
Roma hoje
Com uma população de quase 3 milhões de habitantes, Roma é a capital da Itália. Nela situa-se o Vaticano, território independente, sede da igreja católica, e onde reside o papa.
Ao fundo, a Basílica de São Pedro, no Vaticano. Construída no século XVII por Bernini, pintor, escultor e arquiteto italiano. A obra apresenta uma perfeição técnica considerada inigualável.
Colunata da Basílica de São Pedro, no Vaticano.
As praças e ruas do centro histórico romano são consideradas o maior museu ao ar livre do mundo.
Igrejas, edifícios, estátuas, monumentos formam um inestimável tesouro de arte e cultura. Milhões de turistas visitam a cidade todos os anos.
Quase 12 mil pessoas, entre técnicos, funcionários da administração, vigias e operários, tem como única ou principal atividade a proteção e a conservação do patrimônio artístico e cultural da cidade. Apesar disso, os edifícios históricos e as obras de arte estão seriamente ameaçados.
Um dos maiores inimigos dos monumentos históricos de Roma é a poluição causada pela fumaça lançada dos veículos. Ela provoca uma reação química que esfarinha as pedras, mesmo as mais duras e resistentes. A velocidade da corrosão já foi até calculada: é de 5 milímetros em cada trinta anos. Esse ritmo vem arruinando baixos-relevos, colunas, portas e esculturas de valor inestimável.
O governo italiano está investindo para restaurar esse patrimônio. Mas restaurar não é suficiente: é preciso conservar. Para isso, estão sendo tomadas medidas para que a área do centro histórico romano deixe de ser uma das poluídas da Europa.
Fontana di Trevi, em Roma.
Economia
A economia do império Romano teve como base uma única moeda corrente, a cobrança de baixas tarifas alfandegárias e uma rede de estradas e portos protegidos. Tudo isso para facilitar as trocas comerciais entre as várias regiões.
Embora a agricultura fosse a atividade econômica mais importante do mundo romano, o comércio marítimo de produtos de subsistência, exóticos ou de luxo foi bastante expressivo.
Roma, centro do império, consumia cereais importados da Sicília e da África, e azeite de oliva proveniente em especial da região correspondente à Espanha e ao Egito. Os mármores coloridos, utilizados nas principais construções e em esculturas da capital e de outras cidades, vinham da Ásia e do norte da África.
O comércio de cerâmica, cujo principal centro de produção era Arezzo, na Itália, abastecia o mercado romano, bem como as províncias ocidentais, as do norte e o sudeste do império.
A produção em fábricas era praticamente desconhecida. Em sua maioria, os artigos eram confeccionados por artesãos, que trabalhavam com uma pequena produção e muitas vezes diretamente para os usuários das mercadorias encomendadas. Já as oficinas que fabricavam moedas eram de propriedade do imperados e organizadas por seus funcionários.
Moeda romana em ouro representando as duas faces de Janus - 225-212 a.C.
Moeda romana
O exército romano
As conquistas do Império Romano deveram-se principalmente à firmeza e à disciplina de seus exércitos. A maior unidade de exercito era a legião, que contava com 4.800 soldados cada uma. No apogeu do Império, a Paz Romana era defendida por trinta legiões, ou seja, 144 mil soldados.
Os legionários eram muito hábeis na construção de pontes flutuantes para atravessar os rios. Essas pontes e a capacidade de manter um ritmo de marcha de mais ou menos 32 quilômetros por dia permitiam que as legiões se movimentassem muito depressa.
O legionário protegia-se com um capacete e uma e uma couraça. As pernas e os joelhos também tinham proteção. No braço esquerdo usava um escudo de madeira coberto de couro. Nos pés calçava sandálias de couro com pregos de ferro nas solas.
As armas ofensivas eram três: o pilo (tipo de lança com cerca de dois metros), o gládio (espada curta de lâmina pontiaguda com dois gumes) e o punhal.
Gládio romano
Faziam parte também, do equipamento do legionário utensílios e ferramentas (cantil, caçarola, marmita, pá, enxada, foice, etc.), além de alimentos (cereal), roupas e um estojo de primeiros-socorros. Todo equipamento pesava cerca de 40 quilos e era transportado numa espécie de armação de madeira e metal em forma de T.
A maioria dos soldados no tempo do império eram voluntários, isto é, alistavam-se no exército porque queriam e não porque fossem obrigados. Para ser legionário era preciso ser cidadão romano e ter pelo menos 1,74m de altura. O candidato quando aceito, ia para um acampamento onde treinava marcha, cavalgada, nado e combate
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Anfiteatro em Roma, Itália
Coliseu, também conhecido como Anfiteatro Flaviano, é um anfiteatro oval localizado no centro da cidade de Roma, capital da Itália. Construído com concreto e areia, é o maior anfiteatro já construído e está situado a leste do Fórum Romano.Wikipédia
Endereço: Piazza del Colosseo, 1, 00184 Roma, Itália
OAnfiteatro Flaviano teria o nome de “Coliseu” inspirado no Colosso de Nero, uma estátua de cerca de 35 metros de altura que existia nas proximidades. Foi construído entre os anos 70 e 90 da “Era Cristã” e o imperador que deu início à construção foi o Vespasiano.
Seu filho, Tito, no ano de 79, inaugurou o Coliseu ainda inacabado — da mesma forma que certos governantes inauguram obras públicas hoje em dia — pois no ano 80 aconteceriam os primeiros jogos no local.
Roma tinha acabado de passar por uma erupção do Vesúvio, um surto de peste e um incêndio que destruiu muitas construções pela cidade. Tito teria ordenado os jogos para acalmare distrair a população.
Antes do Coliseu, no local havia um palácio construído por Nero, que procurava restaurar a área após aquele histórico incêndio que aconteceu durante seu governo e que atingiu várias partes de Roma.
Mas para os romanos, o palácio era apenas desperdício de dinheiro público, já que a maioria da população não teria acesso à suntuosa construção. Com o Coliseu, Vespasiano procurou expandir a “política do pão-e-circo” que ficou tão famosa durante o auge e o declínio do Império Romano. E como já foi dito, seu filho Tito tratou de implantar esta política o quanto antes.
“Salve, César! Aqueles que vão morrer te saúdam!”
No local eram disputados os históricos combates de gladiadores (chamados de muneras), as lutas entre animais, várias execuções, caçadas (chamadas de venatios), além das inimagináveis naumaquias, quando a área interna do Coliseu era inundada por dutos subterrâneos e batalhas navais eram disputadas ali dentro daquele espaço de 85 metros de comprimento por 53 metros de largura — menor do que muitos campos de futebol.
Dá para imaginar uma batalha naval dentro do Coliseu Romano? (Descrição: gravura representando a naumaquia, uma batalha naval dentro do Coliseu)
A construção, que conseguia receber um público de até 50 mil pessoas, foi utilizada para este fim até o século V, quando o imperador Flávio Honório proibiu o combate entre gladiadores, principal atração do Coliseu. Além disso, na época um terremoto danificou parte da construção, o que levou a grandes reformas em toda a estrutura.
Com o tempo o Coliseu perdeu seu uso e a construção durante vários séculos foi gradativamente saqueada e seu mármore foi retirado para ornamentar igrejas católicas por toda Roma. Inclusive dizem que parte do mármore do Coliseu está na Basílica de São Pedro, no Vaticano.
Considerado desde o século XVII pelo o papa Bento XIV como um lugar sagrado, o Coliseu é certamente a maior atração histórica de Roma, sendo eleita uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno. Hoje em dia a construção passa por um cuidadoso processo de manutenção, já que a restauração é muito difícil e lenta.
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